domingo, 31 de julho de 2011

Do nada em especial

Eu recebo muitas críticas por reclamar demais... críticas de quem reclama de coisas pequenas o tempo todo, assim como eu.
Eu sou um tumulto de coisas. Não sei quem sou. Tenho medo de descobrir, mas acho que nunca saberei. O que sei é o que quero. Sei muito bem. Não vivo conflitos por isso. Não desejo ficar rica.
Quero conseguir fazer o que sei que sou boa em fazer. Quero ensinar, quero lutar, já quis mudar o mundo.
Sou sonhadora demais, e dizem que ser assim é ser medíocre. Aos poucos estou botando os pés no chão.. Muitas pessoas estão me ajudando com isso. Tudo que faço, o meu desejo de que gostem sempre de mim, da aprovação... isso passou. Fico triste, mas já percebo o que e quem devo deixar pra trás. Não deixa de doer.
Sou contestadora, me envolvo em discussões... e sou criticada por isso. Por que devo ser criticada por ter uma opinião contrária? É realmente minha opinião. Não sou de modinha e falo o que penso, não o que a maioria quer.
Parece que no 'mundo real' isso não é bem aceito.
A verdade é: as pessoas mudam sim, eu mudei, eu me expus muito já, sei o quanto falam de mim... mas hoje em dia aprendi a lidar melhor com isso. Não sou escrava do pensamento de gado, muito obrigada.
Tenho preguiça de fazer as unhas, não sei nome de esmalte e não me importa a marca da roupa que eu uso. Detesto secar o cabelo e fazer chapinha, comprar milhões de produtos pra pele, mãos, pés... não tenho paciência. Não sei me maquiar, raramente uso lápis de olho. Não sei combinar sombra, que também quase não uso, com batom. Consigo viver muito bem sem rímel.
Não estou dizendo que não sou fútil.. tenho minhas vaidades... mas simplesmente elas não passam por esse aval imenso de coisas que, aparentemente, toda mulher deve saber... Claro que me produzo com tudo isso de vez em quando, mas não consigo me submeter à escravidão de fazer isso todo dia. Adoro salto alto, mas sei que não devo usá-los para qualquer coisa.
Não sigo a moda, não sei qual a tendência da estação e muito menos a cor.
Compro minhas calcinhas confortáveis e sim, quero agradar, mas entre o chiquê e o conforto, prefiro o último. Não é por isso que vou comprar calcinhas beges e infantis... acho que dá para ser atraente com o mínimo de conforto.
Sou menos mulher por causa disso? Não acho. Não me acho linda, mas também não me acho horrorosa. As vezes me sinto bem na frente do espelho, as vezes não. Meu pó de esconder olheiras é indispensável, esse sim.
Mas no final, eu acho que sair sem a máscara dos produtos de beleza me deixa mais bonita.

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